Hora: 20h00
Local: "Feel Good Club -Sussussú", Rua Andrade Corvo, 27B, 1050-008, Lisboa
Contacto para reservas: +351 939 554 053
Realização: LS Music S.A. Sucursal em PortugalApoio: Angola África Fashion
Obs: A apresentação do flyer do evento "carimbado", dá direito a uma bebida.Fonte de informação: LS Music S.A. Sucursal em Portugal in facebook (visite e click GOSTO).
Mais informação sobre o músico e a sua nova obra, ler press release em abaixo:
No presente disco, o artista angolano Santocas insere dez canções do seu avolumado reportório criado desde 1972, altura em que se estreia no programa “Chá das seis”, espaço de revelação de novos valores que se realizava nos palcos do “ex-cine Restauração”, hoje edifício da Assembleia Nacional.
Mais informação sobre o músico e a sua nova obra, ler press release em abaixo:
No presente disco, o artista angolano Santocas insere dez canções do seu avolumado reportório criado desde 1972, altura em que se estreia no programa “Chá das seis”, espaço de revelação de novos valores que se realizava nos palcos do “ex-cine Restauração”, hoje edifício da Assembleia Nacional.
A predominância do ritmo Semba reflecte a influência que as turmas emergentes nos bairros circunvizinhos à sua terra natal (Bairro Indígena de Luanda), em meados dos anos 1960, exerceram na sua sensibilidade artística. Santocas deixou-se marcar ainda pelos ventos do nacionalismo cultural, vindos de fins dos anos 1940, nomeadamente a valorização da língua africana. Não admira pois, que no presente Cd o compositor maximiza a canção em língua Kimbundo de Luanda. Nos números um (1), Três (3) e quatro (4) da presente antologia Santocas apresenta melodias aplicadas a letra em Kikongo de Paulinho Pinheiro e em português de Manuel Rui e Agostinho Neto.
Esta figura célebre da canção política viria a revelar o máximo do seu talento desde o 25 de Abril de 1974 e o período Pós- independência. Enquanto em plena era colonial dedica mensagens destinadas a moralização da sociedade africana, no auge da revolução, dedica as suas melodias a denúncia da violência colonial, como por exemplo a transferência forçada da sua comunidade do Bairro Indígena para o Bairro Rebocho Vaz (a canção nº 2 do Cd com suporte ritmo da rumba angolana).
O quarto número glosa a recorrente temática do trabalho forçado dos contratados, a partir de um poema do poeta de “A Sagrada Esperança”. O artista prepara novo CD destinado a compilar o seu histórico protagonismo na canção política, que se tornou um dos braços direitos da revolução (1974 – 1992), no plano da mobilização ideológico – patriótica dos cidadãos, principalmente afervorado a sua prontidão combativa, na mudança de mentalidades e no horizonte da luta armada.
A presente antologia reflecte a qualidade, a voz inconfundível do tenor a quem o enriquecimento do património cultural Angolano muito deve às suas valorosas contribuições.
Texto por: Jorge Macedo (Etno-musicólogo, Escritor e Jornalista) - Luanda, 05.03.2008
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